Nov 11, 2024 (Grupo CMA via COMTEX) --
São Paulo, 11 de novembro de 2024 - O presidente eleito Donald Trump continua a montar sua
administração nomeando o ex-diretor interino do ICE, Tom Homan, como "czar da fronteira". As
informações são da agência de notícias "Dow Jones".
Em uma publicação nas redes sociais no final do domingo, Trump afirmou que Homan ficará
"encarregado de todas as deportações de estrangeiros ilegais para seus países de origem". Ele
supervisionará a segurança nas fronteiras sul e norte, além da segurança marítima e aérea,
disse Trump.
Homan, que serviu por um ano e meio durante o primeiro mandato de Trump, foi uma figura divisiva
ao intensificar as prisões de imigrantes vivendo nos EUA ilegalmente e ao descartar algumas das
prioridades de fiscalização da administração Obama, que focavam em criminosos e deixavam de lado
imigrantes indocumentados que não violavam outras leis.
Ele iniciou sua carreira em 1984 como agente da Patrulha de Fronteira antes de ascender nos
cargos do Immigration and Customs Enforcement (ICE). Na administração Obama, Homan liderou a
divisão de Operações de Execução e Remoção, responsável por deportações.
Trump fez da imigração e das deportações em massa um dos principais temas de sua campanha,
prometendo "o maior programa de deportação da história americana" assim que assumir o cargo e a
remoção de 20 milhões de imigrantes.
Stephen Miller, arquiteto de muitas das políticas de imigração de Trump, assumirá um papel
mais amplo na Casa Branca, embora a imigração permaneça uma área prioritária para ele. Ele deve
atuar como vice-chefe de gabinete focado em políticas, segundo pessoas familiarizadas com o
assunto. A CNN já havia noticiado o papel de Miller. Miller não respondeu a pedidos de
comentário.
Espera-se que Trump assine uma ordem executiva pré-redigida ao tomar posse, ordenando ao
Departamento de Segurança Interna e outras agências a deportação de migrantes indocumentados.
Sua equipe está elaborando planos para implementar a promessa de deportação em massa,
incluindo discussões sobre financiamento e a possibilidade de declarar uma emergência nacional que
permitiria à nova administração redirecionar recursos militares para deter e remover migrantes.
Desde sua vitória decisiva sobre a vice-presidente Kamala Harris, Trump e seus principais
assessores estão selecionando candidatos para cargos de alto escalão na próxima administração.
Na semana passada, Susie Wiles foi anunciada como chefe de gabinete da Casa Branca, sendo a
primeira mulher a ocupar o cargo. A estrategista política da Flórida, que ajudou a conduzir a
campanha de Trump, é conhecida por sua calma e profissionalismo. Wiles comandou a campanha de Trump
na Flórida em 2016 e 2020 antes de assumir o cargo nacional na corrida de 2024, atuando como
co-gerente de campanha ao lado de Chris LaCivita.
Separadamente, Trump nomeou a deputada de Nova York Elise Stefanik como embaixadora dos EUA na
ONU. Stefanik, de 40 anos, é a mulher de maior ranking na liderança do Partido Republicano na
Câmara e preside a Conferência Republicana.
"Elise é uma lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente pelo 'América Primeiro'",
declarou Trump em comunicado na segunda-feira.
Stefanik é conhecida por seu questionamento contundente a presidentes de universidades da Ivy
League em uma audiência na Câmara sobre antissemitismo nos campi universitários em dezembro. Dois
deles - Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia, e Claudine Gay, de Harvard - posteriormente
renunciaram.
Ela chegou a ser considerada uma candidata improvável para compor a chapa de Trump como
vice-presidente.
Larissa Bernardes- larissa.bernardes@cma.com.br (Safras news)
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